SACI-PERERÊ
Joaquim de Queirós Filho
Era uma vez um menino
Que tinha o triste
destino
De trabalhar para o
mal.
Quebrava louças por
torça,
Botava fogo na roça,
Escancarava o curral.
Como o Pedro Malasarte,
Era visto em toda a
parte,
Mas pulando com um pé
só.
Que um queda na
cisterna
Foi que lhe quebrou a
perna,
Conforme disse a Vovó.
Caiu também na
fogueira
Que ele acendeu na
capoeira
Numa noite de São
João:
E, mesmo branco que
fosse,
Dessa maneira tornou-se
Pretinho como carvão.
Mas veio um dia o
castigo
Desse danado inimigo
Com infernal frenesi.
Para o sossego da
gente,
Ele virou, de repente,
No passarinho saci.
Nenhum comentário:
Postar um comentário