PLANTEM ÁRVORES,
MENINOS!
Plantem árvores,
meninos!
São as árvores os
guardas vigilantes da vida do homem sobre a terra.
Foram elas que, no
princípio do mundo, prepararam as condições da terra para o homem
poder viver, descarregando a atmosfera de gases irrespiráveis e
purificando o ar.
Naquele tempo, as
árvores formavam florestas imensas. Sem as árvores os homens não
podem viver sobre a terra.
Por quê?
— Porque os animais
lançam na atmosfera, pela respiração, litros e litros de uma gás
que se chama gás carbônico. As matérias que apodrecem, a lenha e o
carvão, ao se queimarem os vulcões, com suas enorme crateras, estão
também continuamente lançando ao ar quantidades enormes desse gás
— gás carbônico — que é impróprio para a respiração do
homem.
Mas cá estão as boas
árvores, os guardas vigilantes da vida do homem, cá estão o dia
inteiro, a noite inteira, a trabalhar para ele. O sol bate-lhes ns
folas verdes e elas começam a absorver o gás carbônico, que
transformam em duas coisas. Uma dessas coisas é o oxigênio, o gás
necessário à respiração do homem, que exalam pelas suas folhas. A
outra coisa, é o carbono com que elas fabricam as féculas, o
açúcar, as fibras, que servem para alimentar, para vestir para
abrigar o homem.
Muitos outros
benefícios prestam ainda, porque são elas as fazedoras das chuvas.
Suas raízes buscam os lençóis de água no fundo do solo, e, pelas
suas folhas, lançam a água no ar. Esta água vai ajudar a formar as
nuvens que nos dão as chuvas.
Quem poderá viver sem
as chuvas?
Boas árvores!
Mas quem dá deve
receber, e as árvores pedem também retribuição dos benefícios
que fazem ao homem. O que pedem é amparo e o plantio de outras
árvores que ajudem a sua enorme tarefa neste mundo.
Ah! Como se vingam, e
que vingança a das árvores, quando o homem não lhes retribui os
benefícios prestados!
As plantas trancam sua
respiração. Cobrem-se de uma espécie de verniz e enchem-se de
espinhos e acúleos, para não deixar sair a água que suas raízes
vão buscar nos lençóis de água, na profundeza do solo.
Logo as chuvas começam
a falhar. Em pouco tempo, os rios minguam e secam. O céu limpo, sem
nuvens, não deixa cair uma gota de chuva sequer. Morrem as
plantações uma a uma; morre o gado de fome e sede.
O homem, fugindo à
morte que o persegue, abandona suas casas, deixa suas terras. E
aquele pedaço e terra, sem água, começa a transformar-se em
deserto, e a seca flagela, mata, despovoa.
Terras de abundância e
searas fartas tornam-se em pouco tempo desertos, com todos os seus
horrores.
Meninos, plantem
árvores! Plantem muitas árvores! Cubram o solo de plantas, para que
tenham quem lhes defenda a vida, dando-lhes tudo que precisam, até
o ar e a água, sem os quais nenhum animal pode viver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário