O CARNEIRO E A
BARATINHA
O carneiro tinha a sua
casa. Um dia, quando ele foi chegando à porta para entrar, ouviu
cantar lá dentro:
— Sou eu, jui,
Sou eu, jamanã
Sou eu, catamburi,
Jure-ê, júri-i.
Teve tanto medo que
saiu por ali afora, correndo em termos de botar a alma pela boca.
Adiante, encontrou o
boi e convidou-o para ver que bicho era que estava cantando assim. O
boi foi com o carneiro, mas, quando chegou à porta da casa, que
ouviu tal bicho cantar lá dentro, ficou arrepiado de medo, saindo
como uma bala pela estrada afora.
Afinal, o carneiro
convidou as formigas, que remexeram a casa toda de cima para baixo e
de baixo para cima, sem nada topar.
Quando já estavam
desenganadas de dar com o bicho, viram uma baratinha, lá num
escaninho de uma gaveta, cantando que estava mesmo desmanchando-se.
Num instante as
formigas fizeram-na em pedaços e o carneiro ficou sossegado.
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